sexta-feira, agosto 3

Tipos de Discurso




Gostas de escrever contos, novelas literárias ou romances? 😋
Qual é o discurso que utilizas para introduzir as falas e os pensamentos das personagens? Tens preferência por algum? O quê!? Não sabes ou não te lembras do que estou a falar? Tudo bem. Vamos então deixar de questões!

O discurso é o meio que as pessoas utilizam para expressar o que sentem, as suas opiniões e ideias. E claro, como acontece na vida real, também acontece nas histórias que nós, os escritores, escrevemos. As personagens ganham vida e contam-nos a sua história, pessoalmente ou por meio de um narrador. O narrador tem á sua disposição três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. Normalmente, o narrador utiliza aquele que mais se adapta à história que pretende contar.


O discurso direto consiste naquele em que a personagem fala diretamente na história, ou seja, o narrador para a sua narração e dá voz á personagem. Este tipo de discurso tem como função transmitir a personalidade e os traços específicos da fala do personagem, como o sotaque ou os erros de fala. O narrador, para introduzir a fala da personagem, faz uso dos sinais de pontuação, como os travessões, os dois pontos e as aspas – no caso dos pensamentos – e dos verbos de elocução, como “disse”, “perguntou” e “respondeu”.

Exemplo:
A Maria fixou o Pedro e disse:
- Eu prefiro bananas a maçãs.


O discurso indireto consiste na reprodução da fala da personagem nas palavras do narrador, ou seja, a personagem não fala por si própria. Eis a seguir um quadro onde podes verificar as mudanças que ocorrem na passagem do discurso direto para o discurso indireto.

Discurso Direto
Discurso Indireto
Primeira Pessoa – falas
Terceira Pessoa – narração
Verbos no Presente do Indicativo
Verbos no Pretérito Imperfeito do Indicativo
Verbos no Perfeito do Indicativo
Verbos no Pretérito-mais-que-perfeito do Indicativo
Verbos no Presente e Futuro do Conjuntivo
Verbos no Imperfeito do Conjuntivo
Verbos no Imperativo
Verbos no Imperfeito do Conjuntivo
Aqui, cá, aí (lugar)
Ali, lá, além, acolá (lugar)
Agora, já (tempo)
Naquele momento, logo, imediatamente, então (tempo)
Ontem (tempo)
Naquele dia, na véspera, no dia anterior (tempo)
Amanha; Logo (tempo)
No dia seguinte; depois (tempo)
O vocativo desaparece ou passa a complemento indireto

Exemplo:
A Maria fixou o Pedro e disse-lhe que preferia bananas a maçãs.


O discurso indireto livre consiste na fusão dos dois outros tipos de discurso, ou seja, o narrador narra a história e introduz a fala da personagem na sua narração, mantendo a autenticidade e personalidade da mesma. Neste caso peculiar, não existem sinais que distingue a narração do narrador da fala da personagem e por isso, a voz do narrador e a voz da personagem podem ser confundidas. Mas existe uma grande liberdade de narração, onde o narrador pode criar uma conexão com a personagem.

Exemplo:
O despertador já tinha tocado há mais de meia hora. Eu já vou, mãe!



Bem, por hoje é tudo.
Um abraço e até à próxima.


Borboleta Voadora
😊😊😊

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