Gostas de
escrever contos, novelas literárias ou romances? 😋
Qual é o
discurso que utilizas para introduzir as falas e os pensamentos das
personagens? Tens preferência por algum? O quê!? Não sabes ou não te lembras do
que estou a falar? Tudo bem. Vamos então deixar de questões!
O
discurso é o meio que as pessoas utilizam para expressar o que sentem, as suas
opiniões e ideias. E claro, como acontece na vida real, também acontece nas
histórias que nós, os escritores, escrevemos. As personagens ganham vida e
contam-nos a sua história, pessoalmente ou por meio de um narrador. O
narrador tem á sua disposição três tipos de discurso: o discurso direto, o
discurso indireto e o discurso indireto livre. Normalmente, o narrador utiliza
aquele que mais se adapta à história que pretende contar.
O discurso direto consiste naquele
em que a personagem fala diretamente na história, ou seja, o narrador para a
sua narração e dá voz á personagem. Este tipo de discurso tem como função
transmitir a personalidade e os traços específicos da fala do personagem, como
o sotaque ou os erros de fala. O narrador, para introduzir a fala da
personagem, faz uso dos sinais de pontuação, como os travessões, os dois pontos
e as aspas – no caso dos pensamentos – e dos verbos de elocução, como “disse”,
“perguntou” e “respondeu”.
Exemplo:
A Maria
fixou o Pedro e disse:
- Eu
prefiro bananas a maçãs.
O discurso indireto consiste na
reprodução da fala da personagem nas palavras do narrador, ou seja, a personagem
não fala por si própria. Eis a seguir um quadro onde podes verificar as
mudanças que ocorrem na passagem do discurso direto para o discurso indireto.
Discurso Direto
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Discurso Indireto
|
Primeira Pessoa – falas
|
Terceira Pessoa – narração
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Verbos no Presente do
Indicativo
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Verbos no Pretérito Imperfeito do Indicativo
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Verbos no Perfeito do
Indicativo
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Verbos no Pretérito-mais-que-perfeito do Indicativo
|
Verbos no Presente e Futuro
do Conjuntivo
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Verbos no Imperfeito do Conjuntivo
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Verbos no Imperativo
|
Verbos no Imperfeito do Conjuntivo
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Aqui, cá, aí (lugar)
|
Ali, lá, além, acolá (lugar)
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Agora, já (tempo)
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Naquele momento, logo, imediatamente, então (tempo)
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Ontem (tempo)
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Naquele dia, na véspera, no dia anterior (tempo)
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Amanha; Logo (tempo)
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No dia seguinte; depois (tempo)
|
O vocativo desaparece ou
passa a complemento indireto
|
Exemplo:
A Maria
fixou o Pedro e disse-lhe que preferia bananas a maçãs.
O discurso indireto livre consiste
na fusão dos dois outros tipos de discurso, ou seja, o narrador narra a
história e introduz a fala da personagem na sua narração, mantendo a
autenticidade e personalidade da mesma. Neste caso peculiar, não existem sinais
que distingue a narração do narrador da fala da personagem e por isso, a voz do
narrador e a voz da personagem podem ser confundidas. Mas existe uma grande
liberdade de narração, onde o narrador pode criar uma conexão com a personagem.
Exemplo:
O
despertador já tinha tocado há mais de meia hora. Eu já vou, mãe!
Bem, por
hoje é tudo.
Um abraço
e até à próxima.
Borboleta
Voadora
😊😊😊
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