segunda-feira, junho 18

A Epopeia




Acredito que a epopeia não é uma novidade para ti. Quem é que aqui não estudou a grande obra de Luís Vaz de Camões, “Os Lusíadas”, considerada a “epopeia portuguesa por excelência”? Pois é, uma obra extensa que provavelmente levantou as pontas dos cabelos a muita gente, por causa dos seus dez cantos e dos 8.816 versos que são oitavas decassílabas… Grandes tempos… de grandes dores de cabeça! 😕😌
Mas não vim falar desta obra, nem de outras mais que também são consideradas epopeias de excelência! Eu reservei a publicação de hoje para falar da epopeia em geral, e é isso mesmo que vou fazer a seguir, sem mais demoras… 😉

A epopeia é um género da literatura que se refere a um poema extenso e que tem como finalidade relatar acontecimentos heroicos, relacionados com temas históricos, mitológicos e/ou lendários. A palavra “epopeia” deriva do termo grego “épos”, que significa narrativa em verso que relata factos grandiosos com uma figura ou povo heroico.

Uma das suas principais características é que pertence ao género épico – valoriza os seus heróis e as suas realizações. Entre outras características estão:
  • O protagonista revela um grande valor moral;
  • Possui unidade de ação (onde são inseridas as profecias e as retrospetivas, usadas para contar factos passados ou futuros em relação à ação da narrativa);
  • O início da narração mostra-se já numa ação adiantada;
  • Os episódios da epopeia dão não só extensão como também a melhoram sem quebrar a unidade de ação;
  • Existe sempre o maravilhoso (os deuses intervêm sempre na ação da epopeia);
  • A epopeia é sempre escrita num estilo solene e grandioso, e sempre de acordo com os factos heroicos narrados;
  • A intervenção do poeta é reduzida e os acontecimentos são narrados em primeira pessoa ou o poeta assume personalidades distintas.

Os elementos que compõem a epopeia são o narrador (aquele que conta a história), o enredo (a história em si, com os acontecimentos heroicos), as personagens (principais e secundárias), o tempo (a época em que ocorreram os acontecimentos heroicos) e o espaço (onde ocorre os acontecimentos).

A estrutura da epopeia (algo que na altura da escola quase me deu volta à cabeça) é fixa e divide-se em cinco partes:
  1. Preposição – refere-se á apresentação do herói e do tema no início da obra;
  2. Invocação – refere-se á parte em que o herói pede ajuda às divindades;
  3. Dedicatória – refere-se a quem é dedicada a obra;
  4. Narração – exposição dos feitos heroicos;
  5. Epílogo – refere-se ao encerramento da obra.

Bem! Não vou alongar-me mais neste assunto, mas caso queiras saber de outros exemplos de epopeias, podes começar pelas mais conhecidas: a “A Ilídia” e a “A Odisseia” do poeta grego Homero, a “Dadiva Comédia” do poeta italiano Dante Alighieri e o “Paraíso Perdido” (1667) do poeta inglês Jonh Milton.

Existem muitas mais, é só procurar!
Desejo-te uma ótima leitura, se for o caso… 😉


Por hoje é tudo…
Um abraço e até à próxima.


Borboleta Voadora
😊😊😊

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