Acredito
que a epopeia não é uma novidade para ti. Quem é que aqui não estudou a grande
obra de Luís Vaz de Camões, “Os Lusíadas”, considerada a “epopeia portuguesa
por excelência”? Pois é, uma obra extensa que provavelmente levantou as pontas
dos cabelos a muita gente, por causa dos seus dez cantos e dos 8.816 versos que
são oitavas decassílabas… Grandes tempos… de grandes dores de cabeça! 😕😌
Mas
não vim falar desta obra, nem de outras mais que também são consideradas
epopeias de excelência! Eu reservei a publicação de hoje para falar da epopeia
em geral, e é isso mesmo que vou fazer a seguir, sem mais demoras… 😉
A
epopeia é um género da literatura que se refere a um poema extenso e que tem
como finalidade relatar acontecimentos heroicos, relacionados com temas
históricos, mitológicos e/ou lendários. A palavra “epopeia” deriva do termo
grego “épos”, que significa narrativa em verso que relata factos grandiosos com
uma figura ou povo heroico.
Uma
das suas principais características é que pertence ao género épico – valoriza
os seus heróis e as suas realizações. Entre outras características estão:
- O protagonista revela um grande valor moral;
- Possui unidade de ação (onde são inseridas as profecias e as retrospetivas, usadas para contar factos passados ou futuros em relação à ação da narrativa);
- O início da narração mostra-se já numa ação adiantada;
- Os episódios da epopeia dão não só extensão como também a melhoram sem quebrar a unidade de ação;
- Existe sempre o maravilhoso (os deuses intervêm sempre na ação da epopeia);
- A epopeia é sempre escrita num estilo solene e grandioso, e sempre de acordo com os factos heroicos narrados;
- A intervenção do poeta é reduzida e os acontecimentos são narrados em primeira pessoa ou o poeta assume personalidades distintas.
Os
elementos que compõem a epopeia são o narrador (aquele que conta a história), o
enredo (a história em si, com os acontecimentos heroicos), as personagens
(principais e secundárias), o tempo (a época em que ocorreram os acontecimentos
heroicos) e o espaço (onde ocorre os acontecimentos).
A estrutura
da epopeia (algo que na altura da escola quase me deu volta à cabeça) é fixa e
divide-se em cinco partes:
- Preposição – refere-se á apresentação do herói e do tema no início da obra;
- Invocação – refere-se á parte em que o herói pede ajuda às divindades;
- Dedicatória – refere-se a quem é dedicada a obra;
- Narração – exposição dos feitos heroicos;
- Epílogo – refere-se ao encerramento da obra.
Bem!
Não vou alongar-me mais neste assunto, mas caso queiras saber de outros
exemplos de epopeias, podes começar pelas mais conhecidas: a “A Ilídia” e a “A
Odisseia” do poeta grego Homero, a “Dadiva Comédia” do poeta italiano Dante
Alighieri e o “Paraíso Perdido” (1667) do poeta inglês Jonh Milton.
Existem
muitas mais, é só procurar!
Desejo-te
uma ótima leitura, se for o caso… 😉
Por
hoje é tudo…
Um
abraço e até à próxima.
Borboleta
Voadora
😊😊😊
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